A raiva é uma doença infecciosa, que pode ser transmitida aos animais de produção, de companhia, ou silvestres. A doença ataca o sistema nervoso central, causando mudança de comportamento, paralisia e, por vezes, agressividade. A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento por meio da Superintendência de Defesa Agropecuária compreendendo a importância de levar informação e transformar a vida desses produtores, realiza trabalho educativo e atua diretamente no controle da raiva no meio rural.
No Brasil, os principais transmissores da raiva ao ser humano continuam sendo cães e gatos, mas na Zona Rural, devido ao desequilíbrio ecológico, o morcego hematófago leva esse título. A transmissão é feita a partir da mordida desse morcego infectado, que tem a saliva contaminada pelo vírus, aumentando então a incidência de raiva tanto em áreas rurais quanto em áreas urbanas. Se um cão, gato ou um ser humano manipular desatentamente um morcego assim, pode haver uma infecção acidental.
As políticas públicas de prevenção e controle são executadas pelos órgãos de Defesa Sanitária Animal, conforme as diretrizes do Programa Nacional de Controle da Raiva em Herbívoros (PNCRH). As estratégias incluem a orientação e incentivo para vacinação dos rebanhos, vigilância epidemiológica, controle populacional do vetor da espécie Desmodus rotundus em propriedades rurais com alta incidência de mordeduras e ações educativas.
– Toda suspeita de ocorrência da doença ou conhecimento de locais com abrigos de morcegos em áreas rurais devem ser notificados à Defesa Agropecuária, através de um dos 27 escritórios distribuídos pelo estado. – Afirma o superintendente de Defesa Agropecuária, Paulo Henrique de Moraes.
A Raiva
A Raiva não tem cura, é uma doença viral (gênero Lyssavirus) aguda, que afeta o sistema nervoso central de todos os mamíferos, domésticos e silvestres, inclusive o ser humano, causando uma grave encefalomielite. É uma das mais importantes zoonoses em saúde pública, por sua evolução drástica e letal e suas implicações socioeconômicas.
A transmissão usualmente é por contato direto, através do contágio da saliva de um animal infectado, seja por mordedura, arranhão ou lambedura, na pele e mucosas.
Seus ciclos endêmicos de transmissão são classificados como: aéreo (morcegos hematófagos e não hematófagos); rural (animais de produção/herbívoros); urbano (cães e gatos); silvestre (mamíferos silvestres/saguis, quatis, cachorro do mato, etc.).
Raiva em cães e gatos, como prevenir?
Os cães, gatos e outros animais silvestres, tanto em áreas rurais quanto urbanas, também podem ser infectados de forma acidental. Para isso basta seguir algumas dicas de prevenção da doença:
• Não manipular, alimentar ou acariciar animais silvestres, como saguis, quatis e morcegos;
• Lembrar que morcego caído ao solo ou voando de dia já aponta para alguma alteração na saúde desses animais;
• Cuidado com herbívoros que parecem estar engasgados, não introduzir a mão na boca do animal.
• Nunca tente capturar um morcego, chame um profissional capacitado para removê-lo adequadamente;
• Cães e gatos devem ser vacinados anualmente contra a raiva. Procure um médico-veterinário e inicie o protocolo de vacinas do seu pet o quanto antes.
Qualquer suspeita de síndrome neurológica deve ser notificada ao Núcleo de Defesa Sanitária Animal da sua região. A raiva é doença de notificação obrigatória e a não notificação coloca em risco todo rebanho, inclusive você! Caso saiba da existência de abrigos de morcegos ou sua propriedade esteja com alto índice de mordeduras, notifique também.
Os contatos de e-mail dos Núcleos de Defesa Agropecuária podem ser acessados por meio deste link: https://bit.ly/2FUeQqT.