Ramon Pitilo foi ordenado padre há pouco mais de um ano, em maio de 2022
Um caso rumoroso de acusação de estupro de criança por um sacerdote católico está escandalizando moradores de uma comunidade da Zona Oeste do Rio. A Arquidiocese do Rio de Janeiro afastou o padre Ramon Guilherme Pitilo da Silva Ramos, de 33 anos, preso preventivamente ontem segunda-feira sob a acusação de estuprar no mínimo duas crianças da Paróquia São João Batista, em Rio das Pedras, na Zona Oeste da cidade.
Além da suspensão, foi aberta uma investigação interna contra o sacerdote, alvo de um inquérito da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV). Ramon Pitilo deve passar por audiência de custódia nesta terça-feira.
“Com o intuito de cooperar integralmente com as autoridades na apuração dos fatos, zelando também pelo cuidado e proteção dos envolvidos nas investigações, a Arquidiocese imediatamente afastou o padre de todas as suas funções, até que tudo seja esclarecido. Foi também aberta uma investigação interna, concomitante à atuação do Estado, buscando apurar as condutas atribuídas ao sacerdote”, informou a Arquidiocese por meio de nota.
O mandado de prisão contra o padre foi expedido no último dia 21 pela juíza Gisele Guida de Faria, da 1ª Vara Especializada em Crimes contra a Criança e o Adolescente. O padre se apresentou, acompanhado de seus advogados, na DCAV nesta segunda-feira. No início da tarde, a defesa do clérigo entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio.À noite, a liminar foi negada pelo desembargador Carlos Eduardo Roboredo, da 3ª Câmara Criminal.
Ramon Pitilo foi ordenado padre há pouco mais de um ano, em maio de 2022. Segundo a polícia, além da decisão de suspensão tomada pela arquidiocese, o padre já havia sido afastado do sacerdócio pela mesma ordem judicial que determinou sua prisão. Caso seja condenado pelos estupros, Ramon pode receber uma pena de mais de 20 anos de prisão.
Com informações: Agenda do Poder