O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Carmo, em parceria com a Polícia Civil, prendeu em flagrante, na segunda-feira (29), o ex-prefeito da cidade de Carmo, Paulo César Gonçalves Ladeira (FOTO, em um desdobramento da Operação Chorume.
No domingo (28), o ex-prefeito buscou o MPRJ no intuito de colaborar com as investigações do caso de corrupção envolvendo a empresa Forte Ambiental, que fazia a coleta do lixo na cidade. Foi organizada a oitiva do ex-prefeito nas instalações da 112ª DP (Carmo), sob a condução do delegado titular, Heberth Tavares e do Ministério Público. No decorrer do depoimento, dentre outras informações relevantes para a investigação, o ex-prefeito confessou o recebimento de propina e se dispôs a apontar o local onde o dinheiro estaria enterrado em seu sítio. No local indicado pelo investigado, foram encontradas as sacolas com notas enterradas, totalizando cerca de R$130 mil.
A Operação Chorume deflagrada na quinta-feira (25 de março) e cumpriu três mandados de prisão preventiva contra a vereadora Rita Estefânia Gozzi Farsura, da cidade de Carmo, o ex-secretário de Meio Ambiente do município, Ronaldo Rocha Ribeiro, e o empresário Murilo Neves de Moura, denunciados à Justiça por corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa e prevaricação. O empresário é um dos sócios da empresa Forte Ambiental.
As investigações tiveram origem a partir de um áudio, onde ouviam-se três pessoas negociando o pagamento de propina a vereadores da cidade de Carmo, a fim de que aprovassem matéria que beneficiaria a empresa. Apurada a suposta identidade dos interlocutores, foi solicitada perícia de voz à Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia (DEDIT) da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), que confirmou as identidades das vozes.
Além dos mandados de prisão, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Carmo, Campos, São Fidélis e Macaé, tendo sido apreendidos diversos telefones celulares e documentos, que passarão por perícia técnica para que se dê continuidade às investigações, a fim de identificar demais envolvidos.
Durante as investigações, também foram identificados indícios de lavagem de dinheiro, por meio da utilização de uma outra empresa de fachada e laranja na região do Norte Fluminense.
Por MPRJ