Uma vistoria na cela do empresário Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria Bitcoin, encontrou picanha, linguiça e celulares nesta terça-feira (28). Glaidson está preso na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Na mesma ala, está Tunay Pereira Lima, outro preso por suspeita de participar do esquema ilegal de bitcoins que, segundo a Polícia Federal movimentou mais de R$ 38 bilhões.
Os dois, segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, serão transferidos para a penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1) até que sejam concluídas as apurações da Corregedoria.
Direção exonerada
Segundo a Seap, após o resultado das buscas e pelas “reiteradas denúncias que chegam sobre o ingresso de materiais ilícitos na unidade”, a Seap também vai exonerar a equipe da direção (diretor, subdiretor e chefe de segurança) e ouvir todos os servidores da unidade.
A vistoria foi feita pela Corregedoria do órgão nas celas e na galeria onde os presos estão após a Superintendência de Inteligência (SISPEN) receber informações do Disque Denúncia de que Glaidson e Tunay tinham materiais não permitidos na cela.
O material foi encaminhado à 34ª DP (Bangu).
22 indiciados
Glaidson e Tunay estão presos desde 25 de agosto. Na quinta-feira (23), Glaidson e mais 21 pessoas foram indiciados pela PF por crime contra o sistema financeiro e organização criminosa.
Um consultor de Glaidson afirmou em uma conversa interceptada com autorização da Justiça há um mês que investidores aportavam, por hora, R$ 2 bilhões nas contas das empresas — mesmo assim, se disse tranquilo sobre possíveis bloqueios judiciais.
Glaidson Acácio dos Santos, preso na Operação Kryptos — Foto: Reprodução/TV Globo
O esquema de Glaidson foi revelado pelo Fantástico, que mostrou que a GAS era investigada há dois anos, mas se disfarçava de consultoria em bitcoins, uma moeda digital.
COM INFORMAÇÕES: G1