Puxadas pela crise hídrica do ano passado e pela alta do dólar, a conta de luz dos consumidores do Rio subiu. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, na terça-feira, os reajustes nas tarifas da Light e da Enel Rio, antiga Ampla. Os clientes residenciais (de baixa tensão) da Light já está com alta de 15,53%. Já os clientes residenciais da Enel Distribuição Rio, que atende Niterói, Região dos Lagos e o Norte e Noroeste Fluminense, já conta com uma alta de 17,39%. Os reajustes entraram em vigor na terça-feira.
Para os consumidores industriais (de alta tensão) da Light, o aumento médio autorizado é menor, de 13,53%. No caso da Enel Rio, esse grupo de consumidores terá uma alta de 15,38% nas suas tarifas.
O reajuste é puxado pela crise hídrica do ano passado e pela alta do dólar em 2021, que aumentou os custos para comprar energia.
As contas das distribuidoras de energia são reajustadas anualmente pela Aneel. Ao longo do ano, a energia também pode subir, com o acionamento ou não das bandeiras tarifárias (tarifas extras nas contas em decorrência de eventual falta de chuvas).
O aumento nas contas de luz é impulsionado principalmente pela crise hídrica. O Brasil registrou no ano passado a pior crise hídrica em mais de 90 anos. O nível dos reservatórios ficou nos menores percentuais da História.
Por conta da falta de chuvas, o governo acionou praticamente todas as usinas termelétricas (inclusive as mais caras) para poupar água dos reservatórios e garantir o abastecimento. O custo dessas usinas estão sendo repassados para os consumidores.
A tarifa de energia elétrica é reajustada considerando uma série de fatores, como o dólar e os custos do aumento da geração de energia por meio de usinas térmicas — que é decorrente da falta de chuvas.
O dólar pesa, por exemplo, na compra dos combustíveis das termelétricas e também na definição da tarifa da usina de Itaipu, que tem um peso relevante nas contas do Rio.
Além da compra de energia ter ficado mais cara, o consumidor também vai pagar mais pelos encargos do setor elétrico. Só o pagamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) irá representar uma alta de 5,5% nas contas de luz. Esse fundo banca as ações do setor elétrico, como a tarifa social de energia para famílias de baixa renda.