Um bebê de apenas dois meses de idade está em estado grave no Hospital Armando Vidal, em São Fidélis, no Norte Fluminense, após ter sido espancado nesta sexta-feira (2). De acordo com a Polícia Civil, o próprio pai de 20 anos confessou ter agredido o filho e disse em depoimento que o fez porque a criança estava chorando demais. O bebê foi levado para o hospital pelos pais. O casal foi conduzido, inicialmente, à 141ª DP em São Fidélis, após a equipe médica do hospital ter constatado lesões corporais visíveis e recentes, mas foram encaminhados para a central de flagrantes na 134ª DP em Campos.
De acordo com os responsáveis pelo atendimento médico, o bebê chegou a unidade hospitalar com diversas lesões, como afundamento de crânio, fratura de costelas e mordidas pelo corpo, inclusive em estágios diversos de evolução, o que, segundo a polícia, tende a caracterizar a denominada síndrome de Silverman, ou síndrome da criança espancada.
Antes do pai confessar o crime, a mãe do bebê de 21 anos chegou a dizer que ela e a criança teriam sido sequestradas por homens não identificados, após saírem de casa à procura do marido, que teria saído cedo sem dizer onde ia. Ainda segundo a mãe, os supostos criminosos teriam colocado ela e o bebê em um veículo, onde teriam agredido somente a criança e depois liberado os dois.
A versão, no entanto, foi desmentida pelo marido quando o casal foi separado para prestar depoimento individualmente. O pai então disse aos policiais que perdeu a cabeça e espancou o filho porque se irritou com o choro insistente da criança.
Os presos foram autuados em flagrante, o pai pelos crimes de tortura e lesão corporal e a mãe por tortura por omissão. De acordo com a polícia, a situação jurídica pode se agravar caso a criança não resista aos ferimentos.
O casal permanece preso na sede da 134ª DP, onde aguardam transferência para a Audiência de Custódia.
O bebê está passando por uma cirurgia.
COM INFORMAÇÕES DO G1
Além de fraturas na costela e afundamento do crânio, bebê de 2 meses também chegou ao hospital de São Fidélis, RJ, com marcas de mordida e hematomas — Foto: Reprodução