Os projetos que vão transformar o Norte Fluminense na Capital da Energia estarão no centro do debate “Radar Energia NF: o Norte Fluminense como polo gerador de energia no estado do Rio”, realizado pela Firjan NF na próxima quinta-feira (28), das 10h às 12h. On-line e gratuito, o evento vai atualizar o panorama de investimentos em energia na região a partir de um grupo de especialistas da federação. As inscrições estão abertas até o dia 26 de outubro pelo link: https://bit.ly/radar-energia-norte-fluminense.
Estarão presentes Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan e diretora-geral da ONIP; Fernando Montera, coordenador de Relacionamento Estratégico Petróleo, Gás e Naval da Firjan; e Tatiana Lauria, especialista em Estudos Econômicos da Gerência de Infraestrutura da Firjan. Representantes das prefeituras e de empresas de diversos segmentos também foram convidadas para o evento.
“Com este encontro, queremos despertar nos entes públicos, no setor produtivo e em toda a sociedade, as tendências de mercado nessa área tão fundamental para a nossa economia. Poucas regiões no mundo reúnem, num só lugar, tantas e variadas empresas voltadas para o mercado de petróleo e gás, que é e continuará sendo importante. Vivemos um momento crucial de transformação e de diversificação da geração de energia, e o Norte Fluminense tem tudo para se destacar nesse cenário, graças às condições climáticas propícias e à capacidade industrial de Petróleo e Gás já instalada na região”, destacou o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.
Norte Fluminense conta com 22 projetos de energia renovável
Um levantamento da Firjan aponta um total de 22 projetos de energia que contribuem para o cenário de transição energética, e que incluem desde fazendas eólicas offshore até plantas de hidrogênio, com potencial para diminuir a dependência do petróleo e transformar a região na Capital da Energia do país. Entre os projetos listados estão um terminal de gás natural, uma usina de energia solar, uma usina eólica, três fazendas eólicas offshore e uma planta de hidrogênio – todas no Porto do Açu. Sem contar outras 15 termelétricas: duas no porto de São João da Barra e outras 13 apenas em Macaé: duas já em operação, uma em construção e as demais já licenciadas. Os projetos farão parte do Complexo Logístico e Industrial de Macaé, que já registra a construção da Usina Marlim Azul.
Além disso, a Equinor – multinacional de energia com sede na Noruega –, assinou um Memorando de Entendimento com o Porto do Açu para concluir até dezembro deste ano, um estudo para instalação de uma usina de geração solar. A mesma empresa também iniciou estudos para um projeto de eólica offshore com capacidade total de 4 GW Os equipamentos ficariam na costa do Rio e do Espírito Santo, com cabos conectados até uma subestação em Campos. O Porto também estuda, em parceria com a mineradora australiana Fortescue Future Industries (FFI), a instalação de uma planta de hidrogênio, que permitirá a produção de fertilizantes mais sustentáveis, como a amônia verde. A usina de hidrogênio terá capacidade de 300 megawatts, com potencial para produzir 250 mil toneladas de amônia verde por ano.
Destaque em energia solar
A região também já vem se destacando na energia solar. Um levantamento da Firjan mostrou que Campos é a segunda cidade do Estado com maior número de geração distribuída por essa fonte de energia. Além disso, na localidade de Caetá, em São João da Barra, fica a primeira cooperativa do Estado do Rio, a Cosolar. Fundada formalmente neste ano, a usina com 150 placas instaladas serve a cooperados não só de São João, como de Campos e até de Macaé.
“Já temos inclusive interessados da Região Serrana, e nossa expectativa é dobrar o número de cooperados até o fim do ano, tendo em vista a série de vantagens que uma cooperativa permite. Por exemplo, não precisa mexer no telhado, o que facilita o uso por moradores de edifícios ou de quem paga aluguel. Sem contar os ganhos em escala, pois a instalação fica mais barata”, conta Rodrigo Martins, um dos cooperados-fundadores da Cosolar.
Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, ressalta que a modernização energética também vem da força do petróleo na região, já que desde que este mercado foi aberto, em 1997, todos os contratos de cessão preveem o uso de 1% do faturamento bruto em pesquisas, desenvolvimento e inovação – entre os quais incluem energias renováveis.
“A partir do petróleo, a região atrai novas usinas térmicas a gás natural e também de energia solar, eólica e, em breve, de hidrogênio. Além disso, a própria indústria de petróleo e gás também investe em processos produtivos mais limpos. A indústria de petróleo e gás possui infraestrutura que ainda será usada por muitos anos, gerando emprego, renda e royalties; em paralelo, as companhias ampliam seus horizontes de atuação. E o que não falta no Norte Fluminense são projetos”, conclui Karine.